Por Paula Sideria — Advogada especialista em compliance e sócia na Pro Sustent
Em um cenário cada vez mais exigente, pequenas e médias empresas têm deixado passar grandes oportunidades de crescimento por não estarem alinhadas às práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança) e aos requisitos básicos de compliance.
De acordo com levantamento recente da PwC, as empresas que não implementam práticas sustentáveis e mecanismos de conformidade enfrentam obstáculos significativos ao buscar novos contratos, especialmente com grandes corporações ou cadeias globais de fornecimento. Essas organizações, cada vez mais, utilizam critérios ESG como parte do processo de seleção e auditoria de fornecedores — e isso vale para empresas de todos os portes.
A falta de atenção a esses critérios pode representar um risco direto à continuidade dos negócios. Não se trata apenas de uma exigência legal, mas de um movimento de mercado: transparência, responsabilidade e integridade são hoje fatores determinantes na escolha de parceiros.
Compliance não é exclusividade de grandes empresas. Ter uma política mínima de integridade, uma estrutura clara de governança e práticas sociais e ambientais alinhadas ao negócio é possível — e urgente. Ignorar essa demanda pode levar à perda de contratos, exclusão de editais públicos ou privados e até questionamentos reputacionais.A cultura de compliance e ESG deve ser construída desde a base. É ela que garante a credibilidade, reduz riscos jurídicos e amplia a competitividade do negócio. Como destacou o Fórum Econômico Mundial: “A governança é o elo entre a intenção e a ação sustentável nas empresas.”
Em um mundo cada vez mais dinâmico e competitivo, a implementação de práticas de ESG e compliance se tornou algo fundamental para as empresas, independentemente do seu tamanho.
É importante entender que a mudança não precisa ser algo complexo ou inalcançável.
Começar com passos simples, como adotar políticas básicas de integridade e alinhar práticas ambientais e sociais ao negócio, já pode fazer toda a diferença.
Essas ações não apenas reduzem riscos, mas também demonstram comprometimento com um futuro mais sustentável.
O momento de agir é agora. A transformação começa com uma decisão, uma pequena atitude que se reflete em benefícios a longo prazo, fortalece a empresa, e contribui para um mercado mais ético e equilibrado.
É hora de pensar à frente — e agir agora.